O carcinoma espinocelular (CEC) é o segundo tipo mais comum de câncer de pele. Só perde para o carcinoma basocelular. É um tumor maligno originado das células da camada espinhosa da epiderme. Possui crescimento mais rápido e maior capacidade de enviar metástases, quando comparado ao carcinoma basocelular. Pode surgir não só na pele mas também em mucosas (lábio, boca, genital), onde pode ser mais agressivo.
A radiação ultravioleta é o principal fator. A doença costuma surgir em áreas da pele que sofreram exposição prolongada ao sol e a partir de ceratoses actínicas, que também são lesões decorrentes da exposição solar acumulada durante a vida.
O carcinoma espinocelular ocorre mais em homens, pele clara, a partir da sexta década de vida.
Pessoas que tem histórico familiar ou pessoal de CEC tem maior risco de adquirir a doença.
Também pode aparecer sobre cicatrizes antigas de queimaduras ou sobre úlceras crônicas.
Pacientes com CARCINOMA BASOCELULAR – imunidade baixa estão sob maior risco, principalmente os transplantados.
O cigarro possui importante papel no surgimento do CEC labial e bucal
O vírus HPV tem influência no desenvolvimento do CEC de mucosa genital. Na pele, ainda é controverso
Algumas síndromes genéticas, como albinismo e xeroderma pigmentoso, estão sob maior risco de desenvolverem a doença
Exposição à radiação ionizante (raios-X, radioterapia) também aumenta o risco.
O carcinoma espinocelular se apresenta sob várias formas, desde uma pápula (bolinha) avermelhada, até uma ferida sangrante que não cicatriza. A lesão pode brotar para cima da pele, ficar elevada e descamar. Atinge principalmente a face e a parte externa dos membros superiores. Iniciam-se pequenas e tem crescimento rápido, podendo chegar a alguns centímetros em poucos meses. Crescem infiltrando-se nos tecidos subjacentes.
O carcinoma espinocelular ainda possui outros subtipos que se apresentam sob formas peculiares. Vejamos:
Ceratoacantoma: consiste em uma lesão de crescimento rápido, elevada, de bordas lisas e cor avermelhada com o centro ocupado por uma massa crostosa, endurecida. O aspecto lembra um pequeno vulcão. Apesar do crescimento rápido, é uma lesão pouco agressiva, e pode regredir espontaneamente. O tratamento, contudo, é necessário, pois alguns carcinomas espinocelulares invasivos se assemelham muito ao ceratoacantoma, e fica impossível diferenciá-los apenas a olho nu.
Doença de Bowen: consiste em um carcinoma espinocelular em fase inicial, ainda contido na camada mais superficial da pele, a epiderme. Apresenta-se como uma mancha avermelhada de limites bem definidos, com descamação, e pode ser confundida com psoríase ou uma alergia.