O termo “Mohs” refere-se ao Dr. Frederic Mohs, Professor de Cirurgia da Universidade de Wisconsin, que desenvolveu esta técnica cirúrgica na década de 1930. A técnica tem sofrido muitos refinamentos e passou a ser conhecida como “cirurgia micrográfica de Mohs” ou simplesmente “Cirurgia de Mohs” em homenagem ao Dr. Mohs.
Não. A cirurgia de Mohs é consagrada principalmente para o carcinoma basocelular e espinocelular. O melanoma, por exemplo, ainda é controverso. Nos últimos anos, no entanto, os esforços para melhorar e refinar a habilidade do cirurgião de Mohs para identificar as células de melanoma têm resultado no desenvolvimento de marcadores especiais que destacam estas células. Estes marcadores especiais são conhecidos como imunohistoquímica- substâncias que marcam as células produtoras de pigmento (melanócitos), onde o melanoma ocorre, tornando-os muito mais fáceis de serem vistos com o microscópio.
Sim. Após uma biópsia, o câncer da pele pode não ser mais visível. No entanto, a lesão superficial que foi removida pode representar a “ponta do iceberg”. Mais células tumorais podem permanecer na pele. Estas podem continuar a crescer baixo e para fora, como a raiz de uma árvore. Se não forem removidas, o tumor provavelmente vai reaparecer e requerer cirurgia mais extensa Os tumores que são negligenciados podem se espalhar profundamente na pele e invadir estruturas vizinhas. Em raras ocasiões, estas células cancerosas podem metastizar para os gânglios linfáticos e outros órgãos no corpo.
Embora a cirurgia de Mohs possa levar mais tempo do que outras técnicas, os avanços na tecnologia fizeram-na mais rápida. É impossível prever exatamente quanto tempo dura cada cirurgia. Durante um bom período do procedimento, o paciente não necessariamente está sendo submetido à cirurgia, pois há o processo de confecção das lâminas do tumor para serem vistas sob o microscópio. Nesse período, inclusive, o paciente fica com um curativo provisório e pode usar seu celular, tablet ou laptop, enquanto o cirurgião examina as lâminas da patologia.
Não. O paciente chega no mesmo dia da cirurgia e após o término da mesma é liberado para dormir em casa.
A maioria dos pacientes não sente dor no pós-operatório. Caso haja desconforto ou dor, o uso de analgésicos como paracetamol ou dipirona costumam eliminar os sintomas
Sangramento após a cirurgia é raro. Caso ocorra, é facilmente cessado ao pressionar o local do sangramento com um algodão durante 10 minutos.
Sim, assim como qualquer tratamento para câncer de pele. A cirurgia de Mohs, entretanto, por preservar a máxima quantidade de pele saudável, otimiza o resultado funcional e estético final. Inicialmente, pela produção de novos vasos e com a cura do local cirúrgico, observamos uma aparência avermelhada da cicatriz. Esta mudança é temporária e vai melhorar com o tempo.
Além disso, o processo normal de cura envolve um período de contração da pele, que muitas vezes após 4 a 6 semanas após a cirurgia pode aparecer como um ressalto ou endurecimento da cicatriz. Na face, essa mudança é quase sempre temporária e a cicatriz vai amolecer e melhorar com o tempo. Se você tem uma história de cicatrizes anormais, tais como cicatrizes hipertróficas ou quelóides, ou se houver problemas com a cura de sua cicatriz, injeções ou outros tratamentos podem ser utilizados para otimizar o resultado estético. Geralmente, uma cicatriz pós-cirúrgica melhora com o tempo e pode levar até um ano ou mais para a plena maturidade.
Por causa da alta taxa de sucesso da cirurgia de Mohs, a maioria dos pacientes requerem apenas uma única cirurgia. Esta cirurgia geralmente inclui a reparação da ferida também. Outros métodos podem requerer cirurgia adicional e leituras de patologia, a fim de reparar o ferimento e tratar o câncer, se não for completamente removido. Cada uma dessas cirurgias adicionais e leituras de patologia podem exigir mais custos, enquanto um único procedimento de cirurgia de Mohs inclui tudo isso.